“A educação tem raízes amargas, mas os seus frutos são doces” (Aristóteles, s/d)

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Atividade 1 - Reflexão Crítica e escrita: A importância das TIC - Tahcin Ismail

As TIC são Tecnologias de Informação e Comunicação que começam a ter cada vez mais um forte contributo e peso na educação da sociedade.
            Como refere Fernanda Botelho (2005) o desenvolvimento científico e tecnológico, no campo da informação estão sedentas para que haja uma comunicação com outros povos e culturas, sendo assim haverá automaticamente um estímulo à aprendizagem de línguas e uma valorização do domínio das línguas e culturas maternas. “Deste modo, aprender línguas passa a centrar-se não tanto na língua como objeto de estudo (…), mas como meio de acesso ao outro e como instrumento de interação pessoal e intercultural, visando uma melhor compreensão entre os cidadãos do mundo” (Botelho, 2005).
            Uma vez que estamos inseridos num espaço social, geográfico, económico e integramos um país/região onde estão inseridos várias culturas e que é necessário trocas de produtos, saberes, entre outros fatores é importante um desenvolvimento científico e tecnológico favorecedor do desenvolvimento social global.
            “Assegurar a todos os estudantes as aprendizagens e competências que lhes permitam participar plenamente na vida social é missão da Educação, para cuja consecução a aprendizagem da Literacia é fulcral (…)” (Botelho,2005)
            A literacia ao longo dos tempos tem sofrido alterações no seu significado, hoje ela abrange um conjunto mais amplo de competências para além do saber ler, escrever e contar. Isto porque há imensas línguas faladas no mundo e que algumas não possuem escrita. Sendo assim, a literacia implica “a construção da significação, configurada em diferentes formas e em diversos contextos” (Botelho, 2005) onde incluem imagens, sons, música e formas eletrónicas de comunicação – multiliteracias. Este conceito “complementa o conceito de literacia tradicional porque incorpora não só aspetos da multiplicidade textual, como a crescente importância da diversidade linguística e cultural” (Botelho, 2005).
            O aparecimento dos “novos media representam oportunidades de autoeducação e de educação à distância não só na idade escolar mas ao longo de toda a vida (…)” (Figueiredo, 2000)
            As TIC têm estado presentes cada vez mais na vida dos estudantes, dos trabalhadores, da sociedade em si. Para isso é necessário construir instrumentos de trabalho e exploração das mesmas, mas as aprendizagens são ultrapassadas e as escolas tradicionais não estão devidamente equipadas para este desafio que ao longo do tempo tem vindo a evoluir e a desafiar cada vez mais os docentes e os alunos. Portanto é necessário “construir comunidades ricas em contexto, onde a aprendizagem individual e coletiva se constrói e onde os aprendentes assumem a responsabilidade não só da construção dos seus próprios saberes, mas também da construção de espaços de pertença onde a aprendizagem coletiva tem lugar” (Figueiredo, 2000).
            Outra das soluções, desta vez, apontada por Patricia Fidalgo (2009) é a flexibilização no contexto da sala de aula, ou seja, passo a citar as palavras da Professora Adjunta do Instituto Piaget “ pode ser uma estratégia eficaz de ajuda na promoção de infocompetências junto dos estudantes.” Entende-se por flexibilização uma ajuda por parte das universidades como por exemplo, tutorias, a estimulação do autoconhecimento, a disponibilização dos recursos tecnológicos e o respeito pelos tempos individuais de aprendizagem.
            Volto a frisar que as TIC consistem na aquisição de competências e para que sejam implementadas é importante ter um percurso que vai para além do horário escolar, ou seja, deve ser feito ao longo da vida.
            Em vez de falarmos de tarefas que devemos propor para as crianças podemos antes referir o que as TIC permitiram criar. As redes sociais, as universidades online, a plataforma Moodle, os blogues, os sites lúdicos e didáticos são alguns exemplos que estão cada vez mais presentes no quotidiano da sociedade e que permitem uma globalização e uma exploração (neste caso positiva) dos mesmos. “(…) aplicações informáticas utilizadas com fins educativos, das plataformas de gestão de aprendizagem (…) que permitem o alargamento do espaço e tempo de aprendizagem para além da tradicional sala de aula e, em especial da internet” (Paz, 2008).
            Mas como tudo o que é bom também tem o seu lado, digamos, menos bom! Os docentes, que não estão tão familiarizados com estas novas tecnologias, podem sentir alguma dificuldade na sua adesão ou então controlar os alunos para que não se distraiam com as mesmas. Para além disso, uma vez que as turmas são heterogéneas, os alunos mais velhos podem não estão tão familiarizados com as inovações tecnológicas e assim permite o docente tentar integrar todos os alunos de modo a respeitar o ritmo de aprendizagem de cada um. Por fim, João Paz (2008) refere que “Há “velhas” competências que fazem muita falta e que a facilidade de acesso à informação (internet) não substitui como a capacidade de interpretar e refletir sobre, a informação” e isto pode ser considerado uma das desvantagens das “Novas Tecnologias”.
            Podemos, então, através de uma breve síntese concluir que as TIC têm evoluído ao longo dos tempos, permitem a globalização, permitem o contacto com diferentes línguas e culturas e assim sendo, procura-se uma forma de as implementar de modo que todos adquiram competências e que possam utilizá-las de forma correta. Para isso, as escolas devem estar preparadas para aceitar este desafio.  


Referências Bibliográficas:

  • Botelho, F. (2005). Globalização e cidadania: reflexões soltas
  • Botelho, F. (2006). Textos e literacias …
  • Dias de Figueiredo, A. (2000). Novos Media e Nova Aprendizagem
  • Fidalgo, P. (2009). O Ensino e as Tecnologias da Informação e Comunicação
  • Paz, J. (2008). Educação e Novas Tecnologias





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