LPTIC – Atividade 3- Segurança na Internet- Telma Carromeu
A
partir da década de 90 e até aos dias de hoje, tal como refere Rui Cardoso
(2014), habituamo-nos a uma variedade de inovações na área das Tecnologias de
Informação e Comunicação (TIC), (computadores portáteis, televisões digitais,
internet universal, redes sociais, entre outras), que mudaram as sociedades e
necessariamente as nossas vidas por completo.
É
inegável que estas mudanças originadas pelas TIC, trouxeram consigo uma
imensidão de benefícios, nomeadamente, o facto de abrir “janelas” de
comunicação com o mundo, permitindo assim um interação entre todos (a nível
global), trouxe também uma visibilidade da pessoa, enquanto ser individual, por
exemplo através da criação de currículos originais, que despertam o interesse
das entidades empregadoras.
No
entanto, tudo o que apresenta benefícios também apresenta aspetos menos
positivos, nem que ainda assim sejam mínimos. Portanto as TIC não ficam alheias
a esta questão, estas também apresentam pontos menos positivos.
Podemos
afirmar que as TIC têm o poder de nos vigiar e perseguir em qualquer momento.
Já George Orwell no seu livro (1984), abordava e previa esta questão no seu
livro, referindo uma sociedade onde todas as pessoas eram controladas e
vigiadas.
Podemos
ilustrar esta questão dando o exemplo das câmaras de vídeo, que nos vigiam em
locais públicas, sem nos pedir autorização. Mas pergunto-me eu e todos nós,
será que esta questão é puramente negativa? Refletindo bem, chegamos à
conclusão que de facto não é só um meio de vigília, é também um meio que nos
pode dar muita segurança.
Mas focando agora a segurança e
privacidade ou falta de ambas na internet, e tentando chegar a um ponto de
consenso.
É evidente que quando utilizamos a
internet, todos os cuidados a ter são poucos, pois este é um mundo “aberto”,
onde num simples clique acedemos àquilo que queremos e não queremos, onde
encontramos “falsas” pessoas, burlas etc. Onde por descuido ou por falta de
sensatez, colocamos dados pessoais de forma disparatada, e que podem trazer
consequências gravíssimas para nós, nomeadamente o roubo de identidade. E
perante esta questão a nossa privacidade ou segurança está a ser posta em
causa? Temos de ter em conta que hoje em dia e segundo Belanciano (2014), não
existe nenhuma entidade que garante total fidelidade na guarda de segredos.
Face a isto devemos ter todo o cuidado com aquilo que publicamos, e assegurar
pelo menos a nossa privacidade na parte que nos compete.
No
entanto temos a outra face da moeda, e à qual é difícil fugir, pois vivemos
“num mundo digitalizado, onde armazenamos a nossa vida em computadores”
(Belanciano, 2014). Diante esta questão, infelizmente pouco há a fazer, para
além de protegermos os nossos computadores com um antivírus e adaptarmo-nos a
este novo mundo.
Quero
frisar ainda a importância de ensinar regras, vigiar e acompanhar os mais novos
na utilização da internet, para que se tornem adultos mais ponderados face a
esta mesma ferramenta.
Em
suma, e a meu ver a questão cerne é a forma como utilizamos a internet, as
medidas que enquanto utilizadores deste meio tomamos. Se utilizarmos a internet
com ponderação e para fins úteis pouco há a temer. Pela experiência que tenho,
ainda que seja pouca, este é um meio que nos trouxe mais vantagens do que propriamente
desvantagens!
Referências Bibliográficas:
- Belanciano, V. (2014). Não são apenas as
celebridades que estão a nu na internet. Público .
- Cardoso, R. (2014, Julho). Se o Google diz é porque é verdade? Courrier Internacional .