“A educação tem raízes amargas, mas os seus frutos são doces” (Aristóteles, s/d)

domingo, 21 de dezembro de 2014


LPTIC – Atividade 3- Segurança na Internet- Telma Carromeu

A partir da década de 90 e até aos dias de hoje, tal como refere Rui Cardoso (2014), habituamo-nos a uma variedade de inovações na área das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), (computadores portáteis, televisões digitais, internet universal, redes sociais, entre outras), que mudaram as sociedades e necessariamente as nossas vidas por completo.

É inegável que estas mudanças originadas pelas TIC, trouxeram consigo uma imensidão de benefícios, nomeadamente, o facto de abrir “janelas” de comunicação com o mundo, permitindo assim um interação entre todos (a nível global), trouxe também uma visibilidade da pessoa, enquanto ser individual, por exemplo através da criação de currículos originais, que despertam o interesse das entidades empregadoras.

No entanto, tudo o que apresenta benefícios também apresenta aspetos menos positivos, nem que ainda assim sejam mínimos. Portanto as TIC não ficam alheias a esta questão, estas também apresentam pontos menos positivos.

Podemos afirmar que as TIC têm o poder de nos vigiar e perseguir em qualquer momento. Já George Orwell no seu livro (1984), abordava e previa esta questão no seu livro, referindo uma sociedade onde todas as pessoas eram controladas e vigiadas.

Podemos ilustrar esta questão dando o exemplo das câmaras de vídeo, que nos vigiam em locais públicas, sem nos pedir autorização. Mas pergunto-me eu e todos nós, será que esta questão é puramente negativa? Refletindo bem, chegamos à conclusão que de facto não é só um meio de vigília, é também um meio que nos pode dar muita segurança.

            Mas focando agora a segurança e privacidade ou falta de ambas na internet, e tentando chegar a um ponto de consenso.

            É evidente que quando utilizamos a internet, todos os cuidados a ter são poucos, pois este é um mundo “aberto”, onde num simples clique acedemos àquilo que queremos e não queremos, onde encontramos “falsas” pessoas, burlas etc. Onde por descuido ou por falta de sensatez, colocamos dados pessoais de forma disparatada, e que podem trazer consequências gravíssimas para nós, nomeadamente o roubo de identidade. E perante esta questão a nossa privacidade ou segurança está a ser posta em causa? Temos de ter em conta que hoje em dia e segundo Belanciano (2014), não existe nenhuma entidade que garante total fidelidade na guarda de segredos. Face a isto devemos ter todo o cuidado com aquilo que publicamos, e assegurar pelo menos a nossa privacidade na parte que nos compete. 

No entanto temos a outra face da moeda, e à qual é difícil fugir, pois vivemos “num mundo digitalizado, onde armazenamos a nossa vida em computadores” (Belanciano, 2014). Diante esta questão, infelizmente pouco há a fazer, para além de protegermos os nossos computadores com um antivírus e adaptarmo-nos a este novo mundo.

Quero frisar ainda a importância de ensinar regras, vigiar e acompanhar os mais novos na utilização da internet, para que se tornem adultos mais ponderados face a esta mesma ferramenta.

Em suma, e a meu ver a questão cerne é a forma como utilizamos a internet, as medidas que enquanto utilizadores deste meio tomamos. Se utilizarmos a internet com ponderação e para fins úteis pouco há a temer. Pela experiência que tenho, ainda que seja pouca, este é um meio que nos trouxe mais vantagens do que propriamente desvantagens!

 

Referências Bibliográficas:



  • Belanciano, V. (2014). Não são apenas as celebridades que estão a nu na internet. Público .
  • Cardoso, R. (2014, Julho). Se o Google diz é porque é verdade? Courrier Internacional .

 


Atividade 3 - Reflexão Segurança na Internet - Tahcin Ismail


Hoje em dia, vivemos num mundo novo, onde desconhecemos os nossos poderes e limitações. Verificamos que as Tecnologias da Informação têm ganho uma importância crescente na nossa vida havendo grandes transtornos quando não funcionam como pretendemos.
Pode dizer-se que a Internet “é um sistema de redes em rápida expansão, que liga milhões de pessoas em novos espaços, que estão a alterar a forma como pensamos, a natureza da nossa sexualidade, a organização das nossas comunidades e até mesmo a nossa identidade” (Turkle, 1995). O conceito de Big Brother está presente em todos nós, pois somos nós que vigiamos uns aos outros, inocentemente ou não. Temos o exemplo de algumas redes sociais como o Facebook, Twitter, Instagram, Snapchat e motores de busca, especificamente o Google, que é um “manancial inesgotável de dados pessoais” (Cardoso, 2014 in Courrier Internacional), que faz com que os serviços de espionagem o acedam.
As transformações na sociedade, como tudo na vida, levam algum tempo para que nos adaptemos. Vivemos, atualmente, num novo mundo comunicacional que regulam a privacidade. Aconteceu o mesmo, quando Galileu, na Idade Média, expôs a sua ideia de Heliocentrismo, ou por exemplo, quando a sociedade aceitou que a escravidão chegou ao fim, pelo menos, na legislação e tiveram de se adaptar.  
Uma das soluções apontadas, por Balanciano (2014), in Público, será então não “colocar nada na internet que seja passível de se virar contra nós”. A verdade é que não devemos expor-nos tanto em locais que sabemos que podemos sofrer consequências, com fotografias, comentários, publicações, entre outras ações, porque isto fica armazenado nos computadores, não apenas nosso, pessoal, mas sim, de todos que têm acesso aos nossos movimentos e comportamentos, no mundo que gosto de chamar, cyber espacial. Uma das razões que levam os “cyber piratas” a descobrirem as palavras-passe é também pelo facto de a excessiva informação que publicamos na internet e assim a falta de privacidade, que tem sido debatida cada vez mais. Surgindo assim diferentes tipos de perigos, como burlas com o comércio electrónico, furtos de identidade pessoal, entre tantos outros.
Mas nem tudo são desvantagens. As TIC, têm mostrado diversas potencialidades. Segundo a aula aberta, com o Professor João Torres, o Projeto Internet Segura, tem o objetivo de informar, formar, sensibilizar e se for necessário também denunciar. Muitas situações do quotidiano são extremamente perigosas e não é por isso que deixamos de o fazer, pois estas são necessárias, no nosso dia-a-dia. Portanto a internet, cada vez mais presente nas nossas vidas, é um bem essencial para o nosso desenvolvimento, portanto será importante saber lidar e trabalhar com ela, de modo adequado, tendo atenção também com os mais novos.
Sendo assim, devemos sempre refletir sobre as decisões que tomamos. Uma vez que a internet não é, na sua essência, controlada por qualquer entidade concreta (Silva e Remoaldo, 1997), significa que qualquer pessoa pode publicar conteúdos e assim surgir constrangimentos a nível legal. Antes de publicar, devemos pensar se o que estamos a fazer não há de prejudicar ninguém, ou mesmo a nós próprios que podemos ser facilmente alvos de roubo de identidade, de difamação ou qualquer outro tipo de ameaça/intimidação.
Não esquecer: A nossa pegada digital deixa rastos a nível universal, percorrendo e caminhando nos computadores do “pessoal”. 

  

Referências Bibliográficas


  • Belanciano, V. (2014, Setembro 04). Não são apenas as celebridades que estão a nu na Internet.
  • Cardoso, R. (2014, Julho). Se o Google diz é porque é verdade. Mas será mesmo? Courrier Internacional .
  • Guerreiro, A. (2014, Julho 18). A máquina Google. Ípsilon .
  • Silva, L., & Remoaldo, P. (1997). Introdução à Internet (3.a ed.). Lisboa: Editorial Presença.
  • Turkle, S. (1995). A Vida no ecrã. Lisboa: Relógio D'Água Editores.


quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

JCLIC - Descobrindo a Flora!

No âmbito da Unidade Curricular Língua Portuguesa e Tecnologias de Informação e Comunicação, foi nos proposto a realização de seis jogos que abordassem um tema central. Para a realização destes mesmos jogos recorremos ao software JCLIC, que se trata de uma ferramenta que possibilita a criação, realização e avaliação de atividades didáticas multimédia.
O tema central que escolhemos,  para a realização dos seis jogos, Descoberta do Ambiente Natural, enquadra-se na temática do Estudo do Meio, e intitula-se de Descobrindo a Flora e como subtemas optamos pelos: Tipos de plantas (plantas espontâneas e plantas cultivadas), Ambiente em que as plantas vivem, Identificação e funções dos Constituintes das plantas e por último Árvores caducas e persistentes.
Estes jogos destinam-se essencialmente a crianças que frequentem o 2º ano do ensino básico, pois o tema em causa é lecionado, especificamente, neste mesmo período.
Pretendemos com estes jogos que a criança de uma forma interativa e lúdica aprenda e consolide conhecimentos dados em aula.

Os jogos que construímos são os seguintes:
- Jogo da memória: Este jogo é constituído por imagens de plantas espontâneas e plantas cultivadas, em cada uma dessas imagens apresentamos o nome da planta e o seu tipo, de modo a que a criança para além de descobrir onde está o par de cada planta que é o objetivo central do jogo, perceba o nome de cada uma delas e perceba também a que tipo pertence.
-Quebra cabeças duplo: Este jogo apresenta uma imagem de uma planta e o nome dos seus constituintes. O objetivo deste jogo é que a criança consiga associar o elemento da imagem à palavra correspondente. Por exemplo associar a palavra fruto ao local da imagem onde este se encontra.
-Sopa de letras: Este jogo apresenta um conjunto de palavras relacionadas com os temas- ambiente onde as plantas vivem e tipos de plantas (plantas cultivadas e plantas espontâneas). O objetivo é que a criança descubra onde as palavras estão, através de perguntas especificas.

Ordenar elementos: Este jogo contêm algumas frases com palavras trocadas, o objetivo principal é que a criança consiga ordenar a frase da forma correta.
Associação simples: Este jogo apresenta os nomes dos constituintes das plantas e as suas funções, o objetivo é que a criança consiga associar o constituinte à sua função.
Palavras cruzadas: Este jogo é constituído por diversos conceitos e por perguntas, o objetivo é que a criança consiga descobrir qual é a resposta àquela pergunta e posteriormente que a encontre no conjunto de todas as letras.


O professor deve fomentar nos alunos atitudes de respeito pela vida e pela Natureza, assim como sensibilizá-los para os aspectos estéticos do ambiente.”
(Ministério da Educação, 1990)


Para aprenderes mais acerca da Flora, acede ao link e joga connosco! 



Wordle - Plantas Espontâneas e Cultivadas



Brinca Connosco! Descobrindo quais as plantas que cultivamos e as que crescem espontaneamente, que estão baralhadas neste jogo de palavras...











quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Reflexão Individual- Potencialidades e Perigos das TIC em sala de aula! - Telma Carromeu




As Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), podem ser definidas como um conjunto de estruturas e recursos tecnológicos que permitem a troca de informações entre indivíduos, organizações e a sociedade como um todo.

Neste mundo cada vez mais globalizado em que vivemos, as TIC encontram-se cada vez mais presentes no nosso dia-a-dia e causam mudanças profundas nas nossas sociedades. Podemos referir, e segundo Fernanda Botelho que as sociedades atuais caraterizam-se pela globalização da informação, da comunicação e os movimentos migratórios, todos estes fatores são transformadores das nossas sociedades, e esta circulação de culturas que acontece exige a todos os cidadãos do mundo uma mentalidade diferente, “viabilizadora de uma ordem mundial que se deseja mais equilibrada e solidária” (Botelho, 2005).

O fenómeno da globalização, e o desenvolvimento científico e tecnológico, trouxeram consigo novas necessidades de comunicação, este facto acaba por valorizar e estimular a aprendizagem de línguas. “Neste sentido, surge valorizado também o domínio das línguas e culturas maternas” (Botelho, 2005). Desta forma, aprender línguas é uma forma de ter acesso ao outro, de forma a que exista uma melhor compreensão entre todos os cidadãos do mundo.

            Como referi anteriormente a proximidade que o fenómeno globalização impõe a todos nós gera mudanças culturais a ritmos aceleradíssimos. Para tal a educação tal como outros setores terão de se adaptar a este “novo” mundo “denso de informação, multicultural, globalizado, veloz e ainda “numa economia sedenta de formas de aprendizagem ao longo da vida” (Carneiro, 1997).

            Atualmente constatamos que as TIC cada vez mais estão presentes em contexto escolar e podemos mesmo afirmar que estas quando usadas adequadamente trazem benefícios inegáveis a professores e alunos. No entanto, alguns investigadores defendem que o uso das TIC nas escolas melhoram a aprendizagem e trazem novas metodologias de ensino, por outro lado existem investigadores que defendem precisamente o contrário. “Tal como em muitas discussões gerais sobre o papel da tecnologia, também na educação se encontram discursos, ou práticas, que as tratam seja como fonte de todos os males, seja como panaceia universal.”(Paz, 2008)

            Relativamente ao ensino do Português ou de outra temática com recurso às TIC, podemos começar por afirmar que o docente faz a seleção desses mesmos recursos baseado essencialmente em alguns critérios como o conteúdo que irá trabalhar, as características dos seus próprios alunos, a existência do material em quantidade suficiente e o saber que existe sobre o material. Os recursos que o docente pode optar para o ensino-aprendizagem do português podem ser, por exemplo o uso de plataformas online, quadros interativos, projetores de vídeos, televisão, entre outros. O docente pode por exemplo trabalhar a oralidade dos seus alunos após a visualização de um vídeo solicitando um comentário, ou pode trabalhar a escrita produzindo textos no processador de texto, estes são alguns exemplos de atividades que me ocorrem, mas muitas outras existem e enriquecem-nos com certeza.

            Voltando atrás, e há questão dos benefícios ou dos perigos que as TIC poderão trazer para a sala de aula, podemos referir que esta questão é bastante complexa e alimenta opiniões bastante diferentes umas das outras. É inegável que “as TIC proporcionam uma maior variedade de estratégias de lecionação e envolvem os discentes num processo que já não se quer de aprendizagem passiva mas antes construtiva.” (Fidalgo,2009) Por outro lado, temos a questão da heterogeneidade das turmas, ou seja alunos com conhecimentos face às novas tecnologias completamente diferentes, enquanto uns dominam outros sentem francas dificuldades, esta questão vai caber diretamente ao docente, este é que terá de gerir da melhor forma o uso das tecnologias, sem que ninguém seja excluído de participar. Segundo Patricia Fidalgo, o fator chave para lidar com estes problemas que surgem é a flexibilidade, ou seja oferecer aos alunos “a possibilidade de um sistema tutorial, o respeito pelos tempos individuais de aprendizagem de competências, a estimulação do auto-conhecimento e a disponibilização de recursos tecnológicos aos alunos” (Fidalgo, 2009).

Outras questões que vão surgindo e desta vez por parte dos docentes, é o fator - gerações, ou seja, por vezes os docentes mais velhos mostram uma grande resistência ao uso das tecnologias, fundamentando a sua não utilização ao acharem que estes não trazem mais-valias ao ensino ou porque teriam de reformular conteúdos, estratégias, materiais que utilizam já há muito tempo. No entanto há que referir que “a utilização das novas tecnologias não faz bons professores, também a sua não utilização não faz deles maus professores”. (Paz, 2008)

Outro ponto que poderemos ainda focar são as facilidades que estes recursos trazem, que acabam por “abafar” certas competências que sem eles eram mais desenvolvidas, como a capacidade de interpretar e refletir sobre algo. No entanto se estes recursos forem utilizados como complementos e não como meio de facilitismos nada disto acontece!

Em suma, podemos afirmar que as TIC são ferramentas impulsionadoras da globalização e consequentemente de grandes mudanças nas sociedades. Relativamente ao seu papel enquanto geradora de potencialidades ou de perigos no ensino, na minha opinião e enquanto estudante que aprendeu com esses mesmos recursos só posso dizer bem, pois quando utilizadas de forma correta não há que temer, antes pelo contrário!


Referências Bibliográficas:

  • Botelho, F. (2005). Globalização e cidadania: reflexões soltas
  • Botelho, F. (2006). Textos e literacias …
  • Dias de Figueiredo, A. (2000). Novos Media e Nova Aprendizagem
  • Fidalgo, P. (2009). O Ensino e as Tecnologias da Informação e Comunicação
  • Paz, J. (2008). Educação e Novas Tecnologias

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Atividade 1 - Reflexão Crítica e escrita: A importância das TIC - Tahcin Ismail

As TIC são Tecnologias de Informação e Comunicação que começam a ter cada vez mais um forte contributo e peso na educação da sociedade.
            Como refere Fernanda Botelho (2005) o desenvolvimento científico e tecnológico, no campo da informação estão sedentas para que haja uma comunicação com outros povos e culturas, sendo assim haverá automaticamente um estímulo à aprendizagem de línguas e uma valorização do domínio das línguas e culturas maternas. “Deste modo, aprender línguas passa a centrar-se não tanto na língua como objeto de estudo (…), mas como meio de acesso ao outro e como instrumento de interação pessoal e intercultural, visando uma melhor compreensão entre os cidadãos do mundo” (Botelho, 2005).
            Uma vez que estamos inseridos num espaço social, geográfico, económico e integramos um país/região onde estão inseridos várias culturas e que é necessário trocas de produtos, saberes, entre outros fatores é importante um desenvolvimento científico e tecnológico favorecedor do desenvolvimento social global.
            “Assegurar a todos os estudantes as aprendizagens e competências que lhes permitam participar plenamente na vida social é missão da Educação, para cuja consecução a aprendizagem da Literacia é fulcral (…)” (Botelho,2005)
            A literacia ao longo dos tempos tem sofrido alterações no seu significado, hoje ela abrange um conjunto mais amplo de competências para além do saber ler, escrever e contar. Isto porque há imensas línguas faladas no mundo e que algumas não possuem escrita. Sendo assim, a literacia implica “a construção da significação, configurada em diferentes formas e em diversos contextos” (Botelho, 2005) onde incluem imagens, sons, música e formas eletrónicas de comunicação – multiliteracias. Este conceito “complementa o conceito de literacia tradicional porque incorpora não só aspetos da multiplicidade textual, como a crescente importância da diversidade linguística e cultural” (Botelho, 2005).
            O aparecimento dos “novos media representam oportunidades de autoeducação e de educação à distância não só na idade escolar mas ao longo de toda a vida (…)” (Figueiredo, 2000)
            As TIC têm estado presentes cada vez mais na vida dos estudantes, dos trabalhadores, da sociedade em si. Para isso é necessário construir instrumentos de trabalho e exploração das mesmas, mas as aprendizagens são ultrapassadas e as escolas tradicionais não estão devidamente equipadas para este desafio que ao longo do tempo tem vindo a evoluir e a desafiar cada vez mais os docentes e os alunos. Portanto é necessário “construir comunidades ricas em contexto, onde a aprendizagem individual e coletiva se constrói e onde os aprendentes assumem a responsabilidade não só da construção dos seus próprios saberes, mas também da construção de espaços de pertença onde a aprendizagem coletiva tem lugar” (Figueiredo, 2000).
            Outra das soluções, desta vez, apontada por Patricia Fidalgo (2009) é a flexibilização no contexto da sala de aula, ou seja, passo a citar as palavras da Professora Adjunta do Instituto Piaget “ pode ser uma estratégia eficaz de ajuda na promoção de infocompetências junto dos estudantes.” Entende-se por flexibilização uma ajuda por parte das universidades como por exemplo, tutorias, a estimulação do autoconhecimento, a disponibilização dos recursos tecnológicos e o respeito pelos tempos individuais de aprendizagem.
            Volto a frisar que as TIC consistem na aquisição de competências e para que sejam implementadas é importante ter um percurso que vai para além do horário escolar, ou seja, deve ser feito ao longo da vida.
            Em vez de falarmos de tarefas que devemos propor para as crianças podemos antes referir o que as TIC permitiram criar. As redes sociais, as universidades online, a plataforma Moodle, os blogues, os sites lúdicos e didáticos são alguns exemplos que estão cada vez mais presentes no quotidiano da sociedade e que permitem uma globalização e uma exploração (neste caso positiva) dos mesmos. “(…) aplicações informáticas utilizadas com fins educativos, das plataformas de gestão de aprendizagem (…) que permitem o alargamento do espaço e tempo de aprendizagem para além da tradicional sala de aula e, em especial da internet” (Paz, 2008).
            Mas como tudo o que é bom também tem o seu lado, digamos, menos bom! Os docentes, que não estão tão familiarizados com estas novas tecnologias, podem sentir alguma dificuldade na sua adesão ou então controlar os alunos para que não se distraiam com as mesmas. Para além disso, uma vez que as turmas são heterogéneas, os alunos mais velhos podem não estão tão familiarizados com as inovações tecnológicas e assim permite o docente tentar integrar todos os alunos de modo a respeitar o ritmo de aprendizagem de cada um. Por fim, João Paz (2008) refere que “Há “velhas” competências que fazem muita falta e que a facilidade de acesso à informação (internet) não substitui como a capacidade de interpretar e refletir sobre, a informação” e isto pode ser considerado uma das desvantagens das “Novas Tecnologias”.
            Podemos, então, através de uma breve síntese concluir que as TIC têm evoluído ao longo dos tempos, permitem a globalização, permitem o contacto com diferentes línguas e culturas e assim sendo, procura-se uma forma de as implementar de modo que todos adquiram competências e que possam utilizá-las de forma correta. Para isso, as escolas devem estar preparadas para aceitar este desafio.  


Referências Bibliográficas:

  • Botelho, F. (2005). Globalização e cidadania: reflexões soltas
  • Botelho, F. (2006). Textos e literacias …
  • Dias de Figueiredo, A. (2000). Novos Media e Nova Aprendizagem
  • Fidalgo, P. (2009). O Ensino e as Tecnologias da Informação e Comunicação
  • Paz, J. (2008). Educação e Novas Tecnologias





quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Jogo da Glória - Vamos aprender sobre o que comemos! Yuuuummmy....

Público-alvo: 3º e 4º ano do primeiro ciclo
O jogo é uma ferramenta essencial na educação das nossas crianças, pois é uma forma de desenvolver a aprendizagem de uma forma lúdica. Por vezes as crianças não se interessam por determinadas temáticas dadas em sala de aula, uma boa forma de fazer com que a criança se interesse e se motive é apostar nos jogos.
O tradicional Jogo da Glória, em tabuleiro, originalmente era conhecido por "Jogo do Ganso", pois os povos da antiguidade, como os egípcios consideravam um animal sagrado. Esse jogo ficou conhecido durante o governo de Francisco de Médici, de Florença (1574-1587), quando este presenteou Filipe II de Espanha com um exemplar do jogo, ficando este maravilhado com as "inesperadas reviravoltas da sorte" que ocorriam durante o percurso. "(...) foi a possibilidade de utilizar os tabuleiros como veículos de ensino, propaganda política, religiosa ou comercial" (Schmidt, 2009).
A internet é um ótimo meio para encontrarmos variadíssimos jogos educativos, nós optamos por um jogo bastante tradicional, o Jogo da Glória que neste caso aborda temas relacionados com a alimentação saudável. Este jogo adequa-se a crianças do 3º e 4º ano do 1º ciclo pois, a temática em causa é lecionada nesse período escolar. Este jogo envolve essencialmente duas disciplinas, a Língua Portuguesa e o Estudo do Meio.
Com a realização deste jogo espera-se que a criança desenvolva aprendizagens, relacionadas com aspetos alimentares, como por exemplo, noções sobre os grupos dos alimentos, noções acerca da roda dos alimentos, noções de alguns cuidados de higiene a ter com os alimentos. Espera-se ainda que a criança desenvolva capacidades como, interpretar questões, desenvolver o raciocínio lógico, aumentar a concentração e atenção.


                  Curioso (a)? Vem JOGAR (clica aqui) connosco !





O Jogo da Glória - Alimentação

Definição de Blogue

Sugerido pela Associação para a Promoção e Desenvolvimento da Sociedade da Informação em Portugal as palavras Weblog, blog ou blogue cada vez mais se tornam comuns no quotidiano de muitos de nós (Gomes, 2007). Estes são sem dúvida uma outra forma de ensinar, aprender, partilhar, publicar, comunicar. Por vezes estes são fruto de entusiasmos ou curiosidades passageiras outras vezes são presenças continuadas no mundo da web. Estes apresentam algumas características, uma das mais marcantes é o facto de estar organizado de forma cronológica sendo que a mensagem mais recente encontra-se no topo da página principal (Felgueiras, 2013). A página principal é composta por entradas, ou mensagens, cada uma dessas entradas faz parte de um pedaço de texto curto, muitas das vezes com ligações para outros websites. Há que destacar ainda que o blogue é de acesso gratuito e deve ser atualizado frequentemente pois permite a criação, edição e publicação de qualquer tipo de informação, incluindo fotografias, hiperligações áudio ou vídeo que pode ser acedida por todos (Magalhães, 2008).
O blogue é uma estratégia com potencialidades que contribui para o desenvolvimento da literacia científica (Felgueiras, 2013). Integrar um blogue nas nossas aulas é um desafio aliciante e absorvente. Estrutura o nosso trabalho e o dos nossos alunos. Permite fazer a ponte com outros recursos e ferramentas da rede. Altera a forma como encaramos as aulas, os alunos e o modo como nos relacionamos com alunos e colegas aumentando enormemente o nosso investimento nas aulas. Ao criar um blogue, os docentes podem publicar material didático, incentivar à leitura, comunicar / interagir com os alunos, partilhar material com colegas e alunos, organizar material específico para as turmas, efetuar testes online, estimular o gosto pela pesquisa / saber, publicar comentários e receber comentários dos visitantes do blogue (Felgueiras, 2013). Produzir e partilhar informação pode proporcionar a melhoraria do relacionamento no interior da comunidade educativa, assim como alargar os seus horizontes e possibilitar a troca de experiências entre alunos e entre escolas (Richardson, 2006). Esta troca revela-se geradora de grande motivação para os alunos, uma vez que, para além de estarem em contacto com as novas tecnologias e tal facto ser, por si só, muitas vezes, um fator de motivação, estes são, simultaneamente, espectadores, autores e críticos desenvolvendo capacidades quer ao nível da leitura, quer da escrita (Magalhães, 2008). A aprendizagem cooperativa promovida através da construção e manutenção de um blogue facilita a realização dos alunos enquanto indivíduos ativos na sua aprendizagem, fazendo com que cada um se sinta responsabilizado com o sucesso dos colegas que o acompanham. Os blogues são uma forma de expressão pessoal alternativa para informar, comunicar e educar (Siemens, 2002; Granado & Barbosa, 2004). Por fim, é importante frisar que em ambiente escolar, podem conduzir a atividades criativas mas, para tal, é necessário que o professor conheça claramente o seu objetivo (Magalhães, 2008).



Referências Bibliográficas

Felgueiras, H. M. (2013). Blogues na educação. Carcavelos: Faculdade de Ciências e Tecnologia.
Gomes, M. J., & Lopes, A. M. (2007). Blogues escolares: quando, como e porquê? Minho: Centro de Competência CRIE da ESE de Setúbal.
Magalhães, M. d., & Carvalho, A. A. (2008). O blogue : uma ferramenta facilitadora de aprendizagem e de comunicação na aula de francês. CIEd - Textos em volumes de atas de encontros científicos nacionais e internacionais (pp. 214-226). Minho: Universidade do Minho. Centro de Investigação em Educação (CIEd).
Richardson, W. (2006). Blogs, Wikis, Podcasts and other powerful Web tools for classroom. Thousand Oaks, California: Corvin Press. Obtido de Blogs, Wikis, Podcasts and other powerful Web tools for classroom. Thousand Oaks, California: Corvin Press.
Siemens, G. (1 de dezembro de 2002). The art of blogging. Elearnspace: everything elearning. Consultado em Janeiro de 2008. Obtido de The art of blogging. Elearnspace: everything elearning. Consultado em Janeiro de 2008: http://www.elearnspace.org/Articles/blogging_part_1.htm